Voltar para Curso

COMO REDUZIR CONFLITOS NA ESCOLA

0% concluído
0/0 Steps
  1. Módulo 1 - Quais são os principais problemas de convivência que você pode encontrar no cotidiano escolar?
    11 Atividades
  2. Módulo 2 – Ferramentas para intervir em problemas de convivência: círculos restaurativos, assembleias e roda de conversa
    9 Atividades
  3. Avaliação
    1 Teste
Progresso de modulo
0% concluído

Para esta atividade, convide outros educadores de sua escola para participarem de uma roda de conversa sobre o tema “problemas de convivência”.

Mas o que é a roda de conversa?

É uma estratégia pedagógica para possibilitar a expressão e a reflexão sobre as situações que são frequentes, incomodam e impactam o clima relacional e de aprendizagem em sua escola.

Essa prática tem como objetivos:

  • favorecer o diálogo;
  • dar oportunidade de fala e escuta a todos;
  • favorecer a expressão dos sentimentos;
  • possibilitar as trocas de ponto de vista;
  • refletir sobre valores éticos, essenciais para a vida em sociedade.

Então, vamos lá??

ORIENTAÇÕES GERAIS

1. A roda pode ser conduzida pelos gestores ou, em alguns casos, pelos professores.

2. Iniciar a atividade fazendo a acolhida dos participantes (isso é muito importante): dar as boas-vindas, ser amistoso e adotar uma comunicação construtiva e empática (ser descritivo, evitar falas com julgamento de valor).

3. Compartilhar o objetivo da atividade explicando que é um momento de reflexão sobre os problemas de convivência, para que o grupo se fortaleça ao enfrentar essas situações de forma coletiva.

4. Apresentar as regras e os princípios da roda de conversa:

  • falar da situação sem julgamento, descrevendo-a;
  • citar fatos e não mencionar/identificar pessoas;
  • falar um por vez, usar a escuta ativa, falar APENAS quem desejar (quem preferir não falar pode participar de maneira respeitosa ouvindo as falas);
  • não expor pessoas nem situações particulares. Caso haja alguém que precise falar de alguma situação em particular, poderá procurar um educador da escola em privado.

ATENÇÃO: caso haja qualquer fala que manifeste julgamento ou linguagem valorativa, a fala deverá ser interrompida pelos educadores que estão conduzindo a roda de conversa de maneira respeitosa. Eles devem explicar que aquele momento está destinado apenas para relatar, de maneira descritiva, os fatos e sentimentos. O tratamento respeitoso entre todos é um valor inegociável.

  • Falaremos sobre sentimentos PRÓPRIOS e não de outras pessoas nem em nome delas;
  • Não é uma terapia de grupo. Se alguém tiver algo particular para compartilhar, poderá procurar o responsável da roda no final da dinâmica ou outro educador da escola com quem se sinta à vontade para conversar.

5. Após a apresentação das regras iniciais, escolher um dos casos apresentados anteriormente na atividade 6 do módulo 1 e compartilhá-lo com o grupo. Ele será o disparador da atividade.

6. Ao iniciar a roda de conversa, apresentar o tema: Qual é o problema de convivência mais difícil que você enfrenta em suas aulas/sua escola?

  • Explicar que a roda de conversa tem como objetivo compartilhar as dificuldades e pensar juntos em algumas ações.

7. Convidar os participantes (que se sentirem à vontade) a escrever e compartilhar suas respostas. Para isso, pode-se fazer um quadro na lousa ou um mural colaborativo on-line usando a ferramenta Jamboard, um dos recursos gratuitos do Google. Para usá-lo nesta atividade, acesse o link: https://jamboard.google.com/.

8. Após essa etapa, o mediador da roda sugere que os participantes debatam sobre as situações relatadas e reflitam sobre as intervenções que têm realizado. Essa proposta é indicada para suscitar reflexões iniciais sobre os problemas de convivência, a fim de que os educadores possam começar um estudo sobre o tema na escola.

9. Propor uma nova roda de conversa, mas com a leitura prévia do artigo que estudamos “O desafio da convivencia“.

10. Seguir os mesmos princípios na próxima roda, mas agora refletir sobre os problemas de convivência à luz do estudo teórico. É possível também formar um grupo de estudos para aprofundamento da temática.

Saiba mais!

Problemas de convivência

A seguir, você encontra um pequeno acervo com artigos, dissertações e teses que poderão ajudar a aprofundar seus estudos sobre os problemas de convivência e qualificar sua prática educativa.

ALMEIDA, M. T. Conflitos entre alunos de 13 e 14 anos: causas, estratégias e finalizações. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1626507. Acesso em: 19 fev. 2023. 

MARQUES, C. A. E. Conflitos entre alunos de 11 e 12 anos: causas, estratégias e finalizações. 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1625965. Acesso em: 19 fev. 2023.

MARQUES, C. A. E.; SILVA. L. M. F.; OLIVEIRA, M. T. A.; VINHA, T. P. Para compreender a provocação na escola. Revista Pátio, Porto Alegre, n. 76, p. 44-47, nov./jan. 2015-2016.

GARCIA, J. Indisciplina e violência nas escolas: algumas questões a considerar. Revista Diálogo Educacional, Paraná, v. 9, n. 28, p. 511–523, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.7213/rde.v9i28.3307. Acesso em: 19 fev. 2023.

RAMOS, A. M. As relações interpessoais em classes difíceis e não difíceis do ensino fundamental II: um olhar construtivista. 2013. Tese (Doutorado em Psicologia Educacional) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1620140. Acesso em: 19 fev. 2023. 

SILVA, L. M. F. Conflitos entre alunos de 8 e 9 anos: causas, estratégias e finalizações. 2014. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2014. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1625589. Acesso em: 19 fev. 2023.

VINHA, T. P. Os conflitos interpessoais na escola. In: Os conflitos interpessoais na relação educativa. 2003. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. p. 31-155. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1593917. Acesso em: 19 fev. 2023.