14. Feedback (parte 1): a aposta sensível na capacidade do aluno
Nas atividades anteriores, falamos sobre construção de conhecimentos como um processo coletivo. Embora a construção de conhecimento seja uma ação individual (afinal ninguém pode aprender pelo outro), é na relação que estabelecemos com o mundo (família, escola, colegas, ambiente físico, etc.) que atribuímos significados, estabelecemos correlações, refinamos pontos de vista, construímos procedimentos… Enfim, é na relação com o outro que aprendemos.
Esse processo pode acontecer sem que o percebamos, afinal, aprendemos na coletividade desde o princípio da humanidade. Mas ele pode ser potencializado quando o professor, intencionalmente, põe foco na contribuição que os diferentes pontos de vista têm na construção da nossa própria maneira de ver ou de realizar uma tarefa.
Para refletir sobre isso, propomos que você assista ao vídeo “A Borboleta de Austin”, logo abaixo, em que um professor cria relações de cooperação entre as crianças, numa série de trocas para apoiar a produção de um colega, oferecendo a ele uma ajuda qualificada, que permite o avanço em pontos chave de sua produção.
É recomendável assistir ao vídeo duas vezes. Ao final da primeira, procure refletir sobre como o conteúdo do vídeo te inspira, que sentimentos desperta em você. Uma pequena observação técnica: o vídeo está em inglês, mas você pode clicar no botão de legenda, no próprio vídeo, para ativá-las em português.
Em seguida, assista mais uma vez para refletir sobre as seguintes questões:
- O que a criança que recebe ajuda aprendeu com esse processo?
- O que as crianças que oferecem ajuda aprenderam com esse processo?
- Como você poderia replicar esse processo, ajustando-o aos conteúdos que tem como foco nas suas aulas?