Voltar para Curso

ACOLHIMENTO E BEM-ESTAR NA SALA DE AULA

0% concluído
0/0 Steps
  1. Módulo 1 - A cultura escolar de acolhimento
    4 Atividades
  2. Módulo 2 - Roda de conversa e feedback
    13 Atividades
  3. Módulo 3 - Ferramentas para uma cultura de acolhimento
    4 Atividades
  4. Módulo 4 - Clima escolar: acolhimento e bem-estar
    5 Atividades
  5. Avaliação
    1 Teste
Progresso de modulo
0% concluído

No vídeo “A Borboleta de Austin”, o professor convida a turma a oferecer ajuda a partir de um foco específico. Vamos observar como isso acontece?

Professor: “Ally, o que você diria? 

Ally: Ele pode desenhar mais pontuda. 

Professor: Bom! Essas asas poderiam ser mais pontudas.

Professor: Quem mais poderia acrescentar algo? Etak, o que mais você diria?

Etak: Falaria sobre aquele ângulo. Porque… Não para ser maldoso sobre o ângulo, mas … Ele não está exato.

Professor: Ok! Então me mostre. Venha aqui, Etak. Me mostre o que você falaria para ele fazer diferente.

Etak: Para ele fazer mais longa (faz o movimento com o dedo mostrando na imagem como seria).

Professor: Isso é bem específico, Etak. Muito obrigado!

Professor: Jamilla, o que você diria?

Jamilla: Eu diria…Como… Como um triângulo?!

Professor: Jamilla, muito bom! Eu adorei isso! Então você está dizendo que era pra ter um formato mais triangular? Eu concordo!

Professor: Pois sabem de uma coisa? As crianças do primeiro ano também tiveram ideias parecidas com estas. E sabem o que Austin disse? Ele disse: Ok! Eu vou tentar!

A escolha do foco e seu compartilhamento entre todos cria condições para que a turma coopere num processo de ajuda qualificada (feedback), vamos olhar mais perto para uma das intervenções, a partir do ponto de vista da cultura de acolhimento:

Não está ruim e é mesmo uma borboleta. Mas se parece exatamente com esta? (comparando as imagens lado a lado) Não se parece ainda.”

Ao apresentar a primeira produção de Austin, o professor faz a validação dizendo de antemão que ela não está ruim e que se trata mesmo de uma borboleta. Ele pontua o problema: “Austin fez um desenho de cabeça e se esqueceu de usar um olhar científico”. Em seguida situa a produção em um processo (“ainda não se parece”). Ou seja, apresenta de forma implícita a ideia de que Austin é capaz de fazer uma borboleta melhor, que está apenas no início de um rico processo. Todos esses cuidados que o professor tem com o processo de aprendizagem com Austin, as crianças, ao darem um feedback, também terão. 

Da mesma forma, o professor cuida para que toda a turma se sinta capaz e potente para prestar ajuda, construindo as condições necessárias para isso.

Um feedback eficiente reúne as três características abaixo:

    Ser gentil: escolha suas palavras para não magoar.

  Ser empático: não faça julgamentos.

  Ser específico: aponte  uma melhoria por vez.