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ACOLHIMENTO E BEM-ESTAR NA SALA DE AULA

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  1. Módulo 1 - A cultura escolar de acolhimento
    4 Atividades
  2. Módulo 2 - Roda de conversa e feedback
    13 Atividades
  3. Módulo 3 - Ferramentas para uma cultura de acolhimento
    4 Atividades
  4. Módulo 4 - Clima escolar: acolhimento e bem-estar
    5 Atividades
  5. Avaliação
    1 Teste
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A aprendizagem solidária é uma pedagogia que pode ser promovida em diversos níveis e modalidades de educação, que articulem a aprendizagem com uma intervenção comunitária significativa.

Os projetos de aprendizagem-serviço solidário cobrem simultaneamente a aprendizagem disciplinar, o conhecimento científico, o saber fazer, a formação em valores e a participação cidadã ativa, centrados no saber conviver: o encontro respeitoso e recíproco de seus protagonistas. (Catibiela et. al., 2019, p.9)

Um projeto de aprendizagem solidária tem três características essenciais:

  • Protagonismo estudantil: significa que os estudantes participam de todas as etapas de desenvolvimento do projeto e são agentes proponentes e decisores. Ser protagonista é diferente de ser participante, pois um estudante que é participante é um executor de decisões tomadas e caminhos escolhidos.
  • Aprendizagens intencionalmente articuladas: o papel do docente é essencial, uma vez que é ele que identifica quais aprendizagens podem ser desenvolvidas.
  • Prática solidária: é preciso romper com a ideia de que solidariedade e caridade são sinônimos. A solidariedade é vista como uma prática realizada com os outros (sejam demais colegas e comunidade) em prol de uma solução que vise o bem comum.

O desenvolvimento de projetos por meio da aprendizagem solidária se diferencia do que se propõe tradicionalmente na escola, pois os estudantes têm que ter um olhar para o entorno e, ainda, fazer o projeto acontecer. Para melhor exemplificar, a seguir, você encontra uma imagem explicando as diferenças:

Seguem alguns exemplos de aprendizagem solidária:

A EMEI Alceu Maynard de Araujo criou o projeto “Histórias daqui e de lá” porque recebe muitas crianças com imigração latino-americana. Para preservar a memória e valorizar os diferentes saberes criaram com a comunidade escolar diversas atividades para contarem as histórias e as práticas ancestrais de cada um. O trabalho incluiu compreender as diferenças culturais, o deslocamento geográfico, oficinas com as famílias sobre costumes e brincadeiras de infância, convertidos em podcasts e e-book. Em suma, as aprendizagens se basearam nos campos de experiência da Educação Infantil, e a intervenção comunitária se deu nesse registro das memórias, promovendo o empoderamento das crianças e das famílias participantes.

Você pode conferir o e-book clicando aqui .

A EMEF Saint-Hilaire criou o projeto “Garotas de Vermelho: um mapa da menstruação a partir da voz das gurias” por compreender que a menstruação ainda é um tema pouco conversado na escola e em casa. O projeto inclui diversas ações na comunidade para dialogar sobre pobreza menstrual, um experimento na escola colocando uma caixa de absorventes, criação de um material pedagógico, uma horta comunitária da qual as pessoas podem se utilizar para fazerem chás curativos, escreveram uma história chamada “De onde é esse sangue, Joana?”, voltada para o público infantil e construíram o “Kit de educação e saúde menstrual”, que é distribuído às estudantes em situação de vulnerabilidade menstrual.

Quais as vantagens de desenvolver projetos de aprendizagem solidária?

Para os estudantes:

  • oportunidade de compreender o mundo,
  • potencializar as competências gerais da BNCC,
  • aprender na prática como melhorar o entorno,
  • tomar decisões,
  • se relacionar com a comunidade,
  • resolver problemas reais,
  • criar e testar soluções,
  • lidar com a frustração, entre outros.

Para os educadores:

  • estudantes apreenderem de uma forma significativa os conteúdos escolares,
  • criação de vínculo mais forte entre estudantes, professores e escola,.
  • empoderamento do seu ofício.

Para a comunidade e para a sociedade:

  •  criação de vínculos,
  • desenvolvimento da empatia,
  • criação de soluções significativas,
  • transformação no território.