O mapa sistêmico de Ana
A animação da atividade anterior é um mapa sistêmico das relações de Ana. Ao fazer um mapa desses e ao nos colocarmos como um investigador do que acontece, somos capazes de perceber padrões. Sempre há um padrão que prevalece, ou seja, algo que se repete de uma mesma maneira. Ao perceber os padrões em um mapa sistêmico, podemos ter ideias de atuações pontuais que não necessariamente culminarão na resolução da questão maior, mas poderão abrir espaço, um fôlego, para que situações novas possam ocorrer e, como um ponto de acupuntura que foi escolhido e pressionado, provocar movimento no sistema. É assim que as soluções mais criativas surgem: da interação com os padrões que se manifestam em um determinado contexto.
Esse exercício é válido porque a cada dia lidamos com contextos mais e mais complexos e muitas vezes ficamos perdidos ao buscar soluções que gerem bons resultados, ou mesmo nos deparamos com desafios que parecem ser muito grandes para a nossa atuação e nos sentimos impotentes. Mas será mesmo que não há nada a ser feito? Além disso, ter consciência do nosso próprio mapa sistêmico nos ajuda a perceber os outros com mais sensibilidade e amplia o nosso olhar investigativo para compreender com mais profundidade as questões que emergem.
Um ponto de acupuntura no mapa sistêmico de Ana
No caso de Ana, podemos notar que, toda vez que ela se engaja em práticas coletivas e que envolvam aprendizagem, ela experimenta entusiasmo, satisfação e alegria, ou seja, este é um padrão. A partir dessa observação, a ideia é entender como Ana pode levar essas emoções para dentro de sala de aula, de modo a gerar conexão com seus alunos. Mesmo com a frustração de não ter conseguido implementar um campeonato na atual escola, Ana já demonstra sinais de que, se conseguir proporcionar práticas coletivas com seus alunos, em suas classes, se sentirá mais animada, já que atividades coletivas e de aprendizagem fazem sentido para ela. Com essa motivação, terá mais condições emocionais para passar pela atual fase de ansiedade que vive na escola onde hoje leciona. Fazer agrupamentos menores com suas turmas, proporcionar jogos contextualizados à aprendizagem podem ser pistas para que a motivação de Ana no trabalho retorne, pois os jogos coletivos e grupos de estudos sempre foram fontes de energia em sua vida.
Agora é a sua vez: criando seu próprio mapa sistêmico
Quais são as fontes de energia presentes na sua vida?
Faça seu mapa sistêmico utilizando uma folha sulfite em branco e busque refletir sobre quais são os padrões existentes. Assim como você observou na animação de Ana, faça um círculo central que representa você. Ao redor desse círculo central, desenhe outros círculos, cada qual representando um sistema ao qual você se relaciona: sua família, seu trabalho, seus trabalhos anteriores, o clube ou associação que você faz parte, etc. Atividades frequentes também podem ser consideradas um sistema, como a academia, o coral ou um grupo de dança, por exemplo. Agora conecte o círculo que representa você aos demais círculos, usando uma linha cheia, quando a sua interação com aquele sistema for forte e/ou frequente, ou uma linha tracejada, quando o vínculo for mais fraco e não tão frequente:
Ao terminar de mapear os sistemas com os quais você se relaciona e os tipos de conexão, faça um reconhecimento das emoções que mais prevalecem em você em cada um dos sistemas que você considerou. Muitas vezes, um mesmo sistema pode despertar tanto alegria, como estresse, por exemplo. Busque identificar as emoções que emergem atualmente. Você pode utiliza como referência a tabela de emoções e sentimentos presente no percurso “Experiências Emocionais”.
Vamos refletir sobre seu mapa na próxima atividade.