Você certamente já viveu uma situação em que as suas emoções prejudicaram seu desempenho como aluno. Sabe aquele medo quando a professora pede para ler em voz alta na frente da sala toda, que faz você gaguejar? 

Você também deve notar estes movimentos em seus alunos. Frustradas, preocupadas, tristes ou envergonhadas, as crianças e adolescentes ficam com a memória, o raciocínio e a capacidade de fazer conexões prejudicada. Vemos muitas crianças e adolescentes cuja capacidade intelectual é drenada pelo estresse emocional. Este estado negativo está geralmente presente nas crianças com desafios de aprendizagem e atrasos de desenvolvimento. Muitas vezes, suas emoções são como uma chave liga/desliga, já que seu estado emocional afeta diretamente sua capacidade de aprender.

Precisamos reconhecer que as emoções existem e influenciam, e muito, a aprendizagem.

Nós adultos, através das inúmeras experiências que vivemos, geralmente somos capazes de adequar nossas respostas emocionais de uma maneira socialmente aceitável. Para muitas crianças e jovens, a energia que poderia ter sido usada para ouvir uma explicação dada pelo professor, precisa ser colocada na regulação e no acalmar de uma reação emocional. Assim, podemos dar aos alunos uma infinidade de tarefas e atividades, mas se eles não aprenderem as habilidades necessárias para regular suas emoções, é pouco provável que aprendam o quanto desejamos, ao ensinarmos um conteúdo.

As crianças não aprendem emoções da mesma maneira que aprendem o alfabeto ou novas palavras. Professores e famílias não podem mudar facilmente os estados emocionais, mas também não devem ignorá-los. Construir um ambiente que apoie o crescimento emocional é fundamental não apenas para educar crianças e adolescentes emocionalmente sadios, mas também para termos estudantes que aprendam mais e melhor.