Entendemos que cada um aprende de forma singular. Mas isso significa criar um currículo para cada aluno? O que significa, na prática, personalizar aprendizagens?

Esta atividade tem como objetivo compartilhar com você mais um exemplo prático, agora relacionado à formação de leitores.

O professor tem um papel fundamental na formação de uma comunidade de leitores na escola (um grupo que lê, interpreta, troca ideias e impressões sobre o que leu de forma generosa e cooperativa): ele faz a mediação entre o que cada um pensa ao mesmo tempo que amplia e aprofunda a compreensão, ajudando os alunos a construírem novas camadas de significado. Além disso, o professor tem outro papel essencial: contribuir para construir itinerários de leitura personalizados, contribuindo para que os alunos descubram o prazer de ler, conheçam novas obras e autores e perpetuem esse hábito para além da escola.

Veja aqui um exemplo de um trabalho desenvolvido pelo professor Magno, com uma turma de quarto ano do Ensino Fundamental:

Para construir um itinerário leitor é imprescindível que o aluno tome cada vez mais consciência de sua identidade leitora e de suas preferências. Para isso, ele precisa de tempo e espaço para se conhecer e refletir sobre sua maneira de ser e de aprender e também sobre suas preferências leitoras (quais são os temas de seu interesse; quais espaços e tempos escolhe para ler, por quanto tempo consegue ler e assim por diante).

Para realizar esse processo, é importante que o aluno seja acompanhado por um professor que reconheça e aceite a capacidade do aluno de tomar decisões sobre os aspectos implicados em seu próprio processo de aprendizagem. O aluno pode, por exemplo, eleger o livro que quer ler, conversar com o professor sobre suas impressões sobre o lido, dizer se considerou difícil a leitura, ler comentários de outros colegas que já tenham lido o mesmo livro e pode, neste processo, refletir e reelaborar sua identidade de leitor em cada seleção.

Outra ideia bacana é sugerir que os alunos recomendem a leitura do livro a seus companheiros, conversando com eles ou escrevendo uma carta de recomendação. Deste modo – compartilhando seu gosto pela leitura de um livro e os motivos que o fizeram recomendar – podem estabelecer vínculos com seus pares por meio de seus interesses e aumentá-los seguindo as recomendações que fizeram, iniciando assim a aprendizagem da criação de redes sociais baseadas em interesses. Dessa maneira está se formando e se consolidando uma comunidade de leitores.

Se você fosse construir um itinerário pessoal de leituras para os próximos meses, que livros e autores leria? E se fosse recomendar um livro MUITO significativo para os integrantes da nossa comunidade? Qual seria? Vamos criar um mural dos nossos livros preferidos? Clique aqui para inserir a sua recomendação!